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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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370: MENINOS NÃO CHORAM: DISCURSOS FRENTE ÀS EXPERIÊNCIAS DE LUTO NA INFÂNCIA

A morte é um evento que acomete a todos, porém com o decorrer dos anos foi sendo mistificada pela sociedade, assim constituindo uma censura ao se falar com crianças sobre este assunto. Neste cenário, foi utilizado como quadro conceitual o aporte teórico de Ariés (1981, 2003, 2014), Kovács (2008, 2010, 2012) e Sengik e Ramos (2013), os quais abordam estudos acerca da percepção da morte e da morte sob a ótica pela infância, bem como fundamenta-se em Saffioti (1987), Corsaro (2011) e Larossa (2002), para abordar as demais linhas que entrelaçam o estudo. Como objetivo, buscou-se investigar em crianças do sexo masculino, suas vivências frente o processo de luto possibilitando uma problematização sobre as relações de gênero na infância. A sociedade contemporânea tende a ver o homem como rude, imune de sentimentos e a mulher na perspectiva de frágil e dócil, naturalizando essas características como pertencentes a todos os sujeitos do mesmo gênero, por isso tencionou-se enfatizar a pesquisa na temática do masculino, numa tentativa de problematizar também os conceitos naturalizantes que permeiam as relações de gênero. Para o processo metodológico, optou-se por utilizar narrativas autobiográficas, método elaborado por Fritz Schütze e citado por Wivian Weller (2012), atingindo um público composto por quatro meninos, com faixa etária entre 6 e 8 anos de idade e que tenham sofrido alguma perda na família. Considerando outros estudos, o adulto tende a omitir da criança o fenômeno da morte, o que pode vir a afetar o processo de luto. Fazendo com que a circunstância de estar enlutado não seja vivenciada durante esse período, postergando sentimentos que ficam sufocados. Por fim, este estudo permite visualizar o reflexo de problemas sociais nos sentimentos frente a perda na infância, sendo perceptível a diferenciação entre os gêneros e a omissão da morte.

Author(s):

Fernanda Ramires    
Brazil

Edson Capes Camargo    
Brazil

 

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