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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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344: ESCALA DE AUTOEFICÁCIA MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIENCIAS SOCIAIS E HUMANAS: ESTUDO PSICOMÉTRICO

Tendo em consideração a importância que a matemática assume na estrutura dos curricula subjacentes aos diferentes domínios científicos, incluindo os das ciências sociais e humanas, a matemática assume proeminência entre as medidas de avaliação do desempenho académico. A análise das dimensões explicativas do sucesso na aprendizagem e no desempenho em matemática constitui objecto de estudo de diferentes áreas disciplinares. No âmbito específico da Psicologia, a abordagem sociocognitiva de Bandura, particularmente a autoeficácia, tem elucidado acerca do papel dos processos autoregulatórios e motivacionais nos contextos académicos, bem como dos respectivos contributos para o rendimento em diferentes áreas escolares, designadamente na matemática. Têm sido propostas múltiplas variáveis, cognitivas e motivacionais, como potenciais preditores da realização em matemática. O presente estudo visa explorar as características psicométricas da Escala de Autoeficácia Matemática (EAeM), desenvolvida especificamente para avaliar este construto em alunos do ensino secundário a frequentarem a disciplina de Matemática Aplicada às Ciências Sociais e Humanas (MACS), bem como das suas relações com os construtos instrumentalidade e valor da matemática, , autoestima, afectividade, aprendizagem autoregulada e eficácia autoregulatória na predição do desempenho em matemática. Procedeu-se a uma investigação por questionário numa amostra não probabilística de 149 alunos, privilegiando o sexo feminino (103 raparigas) dos 10º e 11º anos de escolaridade de várias escolas públicas da região centro do País. A média das idades para o conjunto da amostra é de 15.65 (DP = .91) anos. A EAeM revelou adequação psicométrica em termos de validade (unidimensionalidade) e fidelidade (alfa = .89). Uma regressão hierárquica, para analisar o poder preditivo da autoeficácia, da instrumentalidade e do valor da matemática, bem como da autoestima e da afectividade e da aprendizagem e da eficácia autoregulatórias, revelou significância estatística com o primeiro modelo a assumir-se como o preditor principal (R quadrado ajustado de .15). Os resultados apontam no sentido da necessidade de promover as percepções de eficácia e de valor reconhecidos à matemática para que o sucesso nesta disciplina possa resultar facilitado.

Author(s):

José Pacheco Miguel    
University of Coimbra
Portugal

José Tomás da Silva    
University of Coimbra
Portugal

Teresa Sousa Machado    
University of Coimbra
Portugal

Maria Paula Paixão    
University of Coimbra
Portugal

 

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