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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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342: AVALIAÇÃO COMO CONTROLE DO ESTUDO: PERSPETIVA DOS ALUNOS

As instituições escolares têm ambientes educativos muito heterogéneos, a nível cultural e social, ou seja, a escola não serve todos os alunos da mesma forma e não conduz a resultados iguais. A avaliação deve ser um dispositivo gerador de sucesso e, por isso, envolver toda a comunidade educativa, designadamente, os encarregados de educação, os professores e os alunos. O objetivo é o de melhorar as práticas de avaliação das aprendizagens dos alunos, através de uma avaliação organizada, diversificada e de elevada qualidade, (Fernandes, 2008) para que todos alcancem o sucesso.
Apresentamos um estudo, realizado num agrupamento de escolas, localizado na zona Norte do país, cujos principais objetivos foram: conhecer a perspetiva dos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico sobre o (in)sucesso escolar, assim como os fatores que, na sua opinião, contribuem para tal; compreender o modo como os alunos vivenciam a avaliação e, consequentemente, que sentido lhe atribuem. O principal instrumento de recolha de dados foi a entrevista semiestruturada, tendo participado no estudo dezoito alunos, que frequentavam o 3º ciclo, 10 alunos com bons resultados e 8 alunos que já tinham tido, pelo menos, uma retenção. Os dados foram analisados com recurso à análise de conteúdo.
Os resultados revelam que não há grande divergência de opiniões entre alunos com mais ou menos “sucesso”. Para os alunos, ter sucesso é ter bons resultados, isto é, passar de ano. Os fatores que podem interferir no seu sucesso escolar são: o comportamento, as dinâmicas relacionais, o estudo, o acompanhamento familiar e o ambiente escolar. . De um modo geral, os alunos encaram a avaliação como um processo contínuo; serve para os professores os conhecerem; é algo inevitável, pois têm de ser classificados para progredir. Consideram que a avaliação premeia o esforço, a dedicação e o comportamento; a avaliação controla o estudo e obriga a estudar.

Author(s):

Teresa Santos    
Universidade do Minho
Portugal

Maria Palmira Alves    
Universidade do Minho
Portugal

 

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