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340: Perceção de pais e filhos sobre o apoio dado pelos pais e as emoções vivenciadas
O envolvimento dos pais pode ser benéfico para o desempenho, motivação e comportamento dos alunos tal como muitos autores têm afirmado e evidenciado empiricamente. Contudo, tem também sido realçado, que o tipo de apoio e a forma como ele decorre pode por vezes comprometer a existência de benefícios. Sabendo que tanto pais como filhos podem percecionar esses momentos de envolvimento de modo diferente, este estudo pretende comparar as perspetivas de pais e filhos quanto à frequência do envolvimento dos pais e às emoções vivenciadas. Pretende-se também analisar se a motivação dos pais está relacionada com as emoções sentidas pelos filhos.Participaram neste estudo 100 pais e respetivos filhos a frequentar o 2º e 3º ciclos de escolaridade e cujas habilitações das mães eram diversificadas. Os pais responderam a um questionário que caraterizava dois tipos de envolvimento (Comunicação e Apoio), as suas motivações para apoiarem os filhos (Realização/Utilidade/Satisfação) e também as emoções vivenciadas (Positivas/Negativas). Os filhos responderam a um outro questionário que caraterizava também a sua perceção sobre as práticas de envolvimento dos pais (Comunicação e Apoio) e também sobre as emoções vivenciadas (Positivas/Negativas). Os resultados mostraram correlações positivas significativas entre as motivações dos pais para o envolvimento (Realização/Utilidade/Satisfação) com as emoções sentidas pelos filhos, sendo estas mais fortes e consistentes com as emoções positivas. As emoções Positivas foram referidas como ocorrendo com muito mais frequência do que as negativas.
De um modo geral as perceções de pais e filhos tanto sobre a frequência de práticas de envolvimento como sobre as emoções vivenciadas apareceram correlacionadas positivamente. Apesar destas associações e uma vez que as médias por vezes se diferenciavam procedemos à sua análise comparativa através de um t-student para amostras emparelhadas. Pudemos então verificar que pais e filhos relataram frequências semelhantes para as práticas de Apoio e as emoções Positivas. Contudo no que se refere às emoções Negativas e às práticas de Comunicação os filhos referem que estas ocorrem com menos frequência do que os respetivos pais sendo estas diferenças significativas..
Estes dados serão discutidos em termos das suas implicações e face aos referenciais teóricos.
Author(s):
Lourdes Mata
CIE-ISPA , ISPA-Instituto Universitário
Portugal
Isaura Pedro
ISPA-Instituto Universitário
Portugal
Cristiana levinthal
Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário
Portugal
Sara Cunha
ISPA-Instituto Universitário
Portugal
Diogo Meneses
ISPA-Instituto Universitário
Portugal