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301.Aprendo matemática com o Voo da Mosca - peripécias de atenção e pedagogia sentida

Nesta comunicação pretende-se lançar um novo olhar reflexivo sobre o aprender e ensinar ciências, através de narrativas dos jovens, e de educadores entusiasmados e capazes de potenciar nos alunos o desejo de aprender ciências, especificamente matemática. Parte-se do (re)conhecimento de diferentes práticas e interações educativas entre educadores e estudantes, com o objetivo de conseguir melhorar o trabalho escolar e a motivação dos estudantes e consequentemente atingir bons resultados a matemática. Dos trabalhos de pesquisa e da revisão da literatura percebe-se nos discursos dos jovens uma certa relutância e desinteresse pelo seguimento dos estudos na área das ciências (Cachapuz, Gil-Perez, Pessoa de Carvalho, Praia, & Vilches, 2005). Esta “crise da educação científica” (Pozo & Gómez Crespo, 2009, p. 15) manifesta-se na sala de aula numa aprendizagem descontextualizada em que os alunos revelam desconforto, dúvida, desmotivação, desatenção e angústia particularmente, no estudo da matemática. Neste meandro exploramos o fenómeno da atenção e do pensar na contemporaneidade e com Fernández (2012) e Meirieu (2014) olhamos o espaço relacional e a escola em ações alegres do pensar e do desenvolvimento da atenção profunda como antídoto à paralisação do pensamento (Meirieu, 2014). Procura-se então, aprender matemática a pensar problemas com os jovens. E nesse sentido por que não escutar os jovens-alunos, sujeitos principais do ato educativo, sobre o que eles pensam e dizem sobre a sua motivação e interesse para aprender matemática? Por que não desafiar os alunos a aprender matemática com o Voo da Mosca? São os resultados destes desafios que trazemos para esta comunicação com o intuito de apresentar as peripécias vividas envolta da atenção e da motivação para aprender matemática e da descoberta dos efeitos de uma pedagogia sentida.

Author(s):

Miguel Fonseca    
Estudante de Mestrado em Física Aplicada na Universidade do Minho
Portugal

Elisabete Ferreira    
Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade do Porto
Portugal