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282.ATIVIDADES EXPERIMENTAIS E MOTIVAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS SOB A OTICA DA NEUROCIENCIAS

Enquadramento Conceptual: O ensino de Ciências preza pela realização de práticas pedagógicas que envolvam ativamente o aluno no processo de aprendizagem. Sob a ótica da neurociência, atividades experimentais, favorecem a construção e evocação de memórias episódicas, procedimentais e semânticas. Realizar uma atividade requer interesse, atenção, vontade por parte do estudante, isto é, estar envolvido na ação. Considerando que a aprendizagem é individual e dependente do sujeito, a “intensidade” no vivenciar a experiência é o que vai dar significado a prática. Ou seja, a motivação do aluno. Assim, a atividade experimental pode ser concebida como prática com potencial para motivar os alunos e consequentemente desenvolver conceitos, habilidades e destrezas no campo das ciências. Vale destacar que a motivação pode ser extrínseca ou intrínseca. A extrínseca tem a ver com incentivos externos, são as recompensas e punições, a motivação intrínseca, baseada em fatores internos como autodeterminação, curiosidade, desafio e esforço, é importante para a realização (Santrock, 2014). No que tange ao ensino, o objetivo é motivar intrinsecamente os estudantes, de modo que motivados e envolvidos na tarefa sejam protagonistas na construção do conhecimento. Objetivos: O estudo objetivou evidenciar o papel da atividade experimental no Ensino de Ciências tendo como subsídio a interface entre neurociências e educação. Metodologia: Foi identificada a atividade cerebral dos sujeitos durante a realização de um experimento e analisado o desempenho cognitivo após atividade. Constituíram amostra da pesquisa 3 alunos, de 13 anos, matriculados no 8º ano do ensino fundamental de uma escola particular de Rio Grande/RS. A captura de imagens cerebrais foi através de técnica não invasiva, com utilização do equipamento Emotiv Epoc. Resultados: Foi perceptível maior e mais intensa ativação de áreas corticais. Além disso, os alunos mostraram-se motivados, atentos e envolvidos com a execução da tarefa. Conclusão: As atividades experimentais são oportunas para motivar e envolver o aluno na tarefa, mobilizando estados de atenção, percepção e formação de memórias, o que contribuir para a aprendizagem e corrobora as tendências atuais a respeito do uso da experimentação no Ensino de Ciências.

Author(s):

Alexandra Moraes Maiato    
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Brazil

Fernanda Antoniolo Hammes de Carvalho    
Universidade Federal do Rio Grande - FURG
Brazil