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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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221.Motivação e envolvimento enquanto linhas de fuga de uma escola hierarquizada e controladora: uma possibilidade a partir de Deleuze e Guatarri.

A partir de uma experiência numa escola pública da periferia da cidade do Rio de Janeiro, analisamos e avaliamos o envolvimento de professores e pais na escola enquanto um encontro de forças. Em seguida, observamos as condições das relações que promoviam a motivação do aluno potencializando seu desenvolvimento na escola. Para realizar essa proposta, partimos da filosofia de Gilles Deleuze e Félix Guattari. De acordo com o pensamento desses autores, não é possível considerar que as condições que energizam o comportamento e o orienta, passem por relações de controle e subordinação. Uma vez que este tipo de relação aprisiona e imobiliza qualquer movimento de criação, isto é, os encontros entre professores e alunos, pais e alunos, devem visar a conexão dos conhecimentos e subverter suas naturezas pelo movimento de desterritorialização do saber enquanto produção de verdade. Neste movimento, o discurso por parte do professor deixava de ser uma verdade irrefutável que se sobrepõe numa relação de hierarquia entre aluno e professor, passando a ser constituída a partir de agenciamentos intensificadores de potências. Segundo, Michel Foucault, quando o corpo é designado para uma utilidade, sendo produtivo e submisso, acaba sendo capturado pela lógica capitalista e tem seus desejos canalizados para fins econômicos nos quais o corpo tem suas forças de criação e libertação controladas dentro do campo sócio-político. De acordo com ele, é desta maneira que o corpo adoece e perde as forças de criação. A partir dessa experiência, conseguimos incorporar nas tradicionais práticas socioeducacionais um conjunto de práticas intensivas e libertadoras tais como desenvolvidas por Deleuze e Guattari em Mil Platôs. Assim, traçamos estratégias que tinham como objetivo motivar o corpo mecanizado a partir de linhas de fuga que invertessem a relação de subordinação, visto que a regra permite domar àqueles que dominam. Pois, em sua violência, é possível se apoderar desse complexo sistema e criar movimentos de resistência. Por fim, procuramos em nossa pesquisa abrir a possibilidade de corpos livres e motivados a partir de afetos, expandindo as relações entre pais, professores e alunos na busca de integrar os saberes e promover uma sociedade mais inclusiva.

Author(s):

Carolina dos Santos de Oliveira    
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Brazil

Marcelo José Derzi Moraes    
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Brazil

 

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