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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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210. Práticas de leitura e motivação para ler. Resultados de um programa de promoção a fluência em leitura

A leitura constitui a base de todas as aprendizagens escolares, motivo pelo qual tem sido uma preocupação constante da Escola e do sistema educativo, mas também uma preocupação dos pais e da sociedade em geral. Além das suas implicações no domínio estrito da aprendizagem escolar a investigação aponta para consequências negativas noutras áreas, nomeadamente na autoestima, na perceção de competência, na relação com os outros. Há, até, uma certa segregação e afastamento, na sala de aula, das crianças que apresentam dificuldades na leitura. Este afastamento, mascarado de trabalho individualizado, promove cada vez mais desfasamento em relação ao grupo, a não superação das dificuldades e, não raras vezes, a indisciplina e os problemas de comportamento.
O professor desempenha um papel primordial no processo de aprendizagem da leitura, pois dele se espera não só que ensine a ler, mas que também faça emergir a vontade de querer ler como experiência autónoma e voluntária e mantenha viva essa atitude ao longo de todo o percurso escolar.
Partindo da premissa de que uma leitura com custos cognitivos, resultantes da falta de fluência, afasta da leitura, foi desenvolvido um Programa de Promoção da Fluência em Leitura (PPFL), cujos dados relativos à sua aplicação experimental serão apresentados nesta comunicação. O programa foi aplicado junto de 155 alunos (8 turmas) do 2º ano de escolaridade do Agrupamento de Escolas D. Pedro IV, em Vila do Conde, tendo sido adotada uma metodologia experimental com pré e pós teste e com grupo experimental (75 alunos) e grupo de controlo (80 alunos). O PPFL integra as estratégias que a investigação mais recente tem apontado como possuindo grande potencial motivador: leituras repetidas, leituras-eco, leituras-modelo, leituras coletivas, leituras em grupo, leituras a par e leitura-exibição. A família foi envolvida através da atividade «ouvintes sortudos».
O PPFL Foi aplicado com frequência diária (respeitando as pausas letivas) durante 104 sessões, com duração entre 5 e 15 minutos. Os resultados mostram a existência de diferenças significativas no desempenho dos dois grupos. A análise qualitativa evidencia o enorme envolvimento dos alunos com as atividades do programa.

Author(s):

Miguel Borges    
Agrupamento de Escolas D. Pedro IV - Vila do Conde
Portugal

Fernanda Viana    
Universidade do Minho - Instituto de Educação
Portugal

 

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