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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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179: Incluir e Aprender: o percurso de um aluno com PEA numa turma de 1º ano

Este estudo foi concluído em 2012, na Escola Superior de Educação de Lisboa, no âmbito da tese de Mestrado com o mesmo tema. Foi um projeto de intervenção numa sala de 1º ano, versando na preocupação do trabalho com alunos com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA). Falamos de um ensino diferenciado, caracterizado pela forma como o professor o estrutura, reconhecendo as diferenças individuais e estipulando objetivos de aprendizagem de acordo com as capacidades dos seus alunos. Centramo-nos no interesse da aprendizagem, com um envolvimento no seu aprofundamento e uma abertura à flexibilidade, permitindo diferentes formas de trabalho e maneiras díspares de aprender. Este estudo teve como principal intuito, refletir sobre o percurso realizado por um aluno com PEA, elaborando um projeto de intervenção que permitisse motivá-lo para a aprendizagem nos mais diferentes níveis. A principal preocupação era atender às suas especificidades, fazê-lo progredir e aprender, sem descurar a evolução de toda a turma e promovendo a sua inclusão no grupo de pares.
Começou-se por uma fase de avaliação diagnóstica, preparatória da intervenção. De seguida, concebeu-se o plano de ação, partindo daquilo que se consideraram ser as fragilidades e potencialidades do aluno. O desenvolvimento das sessões caracterizou-se sempre por uma fase de intervenção, observação e reflexão sobre o trabalho realizado e o desempenho do aluno. Estas reflexões (compiladas num diário profissional) foram sempre um barómetro, levando a reformulações do plano da ação e a ajustes necessários.
Os resultados foram apresentados em forma de gráfico, tendo por base os dados recolhidos nas grelhas de avaliação criadas para este estudo, dando conta das evoluções feitas pelo aluno nas diferentes áreas de intervenção: competências sociais, compreensão/expressão oral, expressão escrita, leitura, matemática e estudo do meio. Concluiu-se que é inegável a importância da valorização do respeito pelo ritmo de trabalho de cada um, o tempo de espera entre o estímulo e a resposta que esperamos do aluno, é, por vezes muito demorada, mas não significa que não aconteça. As expetativas têm de ser positivas, mas reais, evitando momentos de frustração indesejáveis. Nunca foi intuito deste projeto de investigação generalizar resultados sobre a inclusão de crianças autistas no ensino regular. Assumiu-se como um projeto de investigação-ação, com o estudo de caso de um aluno com Perturbação do Espectro do Autismo.

Author(s):

Susana de Freitas    
Doutoranda no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Portugal

 

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