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II Congresso Internacional Envolvimento dos Alunos na Escola: Perspetivas da Psicologia e Educação 2016

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170: Alunos com NEE e perceção de desempenho escolar

Estudos sugerem que turmas muito estratificadas, com subgrupos muito fechados, e muito orientadas para o desempenho facilitam a emergência de processos de comparação social assentes no desempenho (Plank, 2000). Nestes casos, os resultados escolares podem constituir-se como critérios fundamentais para a formação dos grupos na turma. Como resultado, os alunos, que à partida apresentam maiores dificuldades, nomeadamente alunos com NEE, poderão vir a revelar maiores dificuldades em integrar-se na dinâmica social da turma. Considerando as estatísticas que sugerem uma diminuição progressiva do número de alunos com NEE inscritos nos diferentes níveis de escolaridade, que essa diminuição é bastante marcada na transição do 6º para o 7º ano e que esta tendência se tem mantido ao longo dos últimos anos (DGEEC, 2016), é fundamental conhecer como evoluem as experiências subjectivas dos alunos com NEE ao longo da escolaridade. Em particular, com este estudo pretendemos explorar de que forma a estrutura das relações sociais da turma está associada à autoperceção de desempenho e à perceção de desempenho por parte do professor e se esta relação difere nos alunos com e sem NEE, em diferentes anos de escolaridade. Para tal, apresentaremos dados transversais de 60 alunos com NEE e 60 alunos sem NEE no 3.º, 5.º e 7 anos de escolaridade. Para explorar a perceção de desempenho escolar, aplicámos uma escala de avaliação subjectiva, em que os alunos se posicionam tendo em conta a generalidade dos colegas, e os professores posicionam os alunos-alvo em comparação com a generalidade dos outros alunos (com base em Azevedo, 2015 e Lemos & Meneses, 2002). Para avaliar a estrutura social da turma, recorremos a um teste sociométrico, e analisámos os diferentes estatutos sociométricos, o grau de coesão dos sub-grupos e o nível de hierarquização da turma. Os resultados darão um contributo substancial para compreendermos aspetos relacionados com a estrutura das relações sociais e sua relação com a perceção de desempenho, sendo fundamental para se desenvolver intervenções centradas na turma com vista a melhorar processos motivacionais de alunos com e sem NEE.

Author(s):

Sofia Freire    
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IEUL) e Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal
Portugal

Cecília Aguiar    
Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal
Portugal

Francisco Vaz da Silva    
Escola Superior de Educação de Lisboa
Portugal

Fátima Moreira    
Portugal

Aurízia Anica    
Escola Superior de Educação e Comunicação, Universidade do Algarve
Portugal

Luzia Lima-Rodrigues    
Portugal

Maria João Mogarro    
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa (IEUL)
Portugal

 

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