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132: O envolvimento dos alunos e a formação da autoeficácia do professor estagiário
Enquadramento conceptual: O envolvimento dos alunos nas tarefas de aprendizagem depende do equilíbrio ecológico em contexto de sala de aula. Para o alcance do equilíbrio propício à aprendizagem cabe ao professor planear e implementar o sistema de tarefas de instrução e gestão, integrando a agenda social dos alunos (Hastie & Siedentop, 2006), sendo necessário que se sinta capaz de o fazer (Bandura, 1997). Assim, a autoeficácia do professor na gestão da ecologia da aula é determinante no sucesso do envolvimento dos alunosObjetivos: Com o presente estudo, pretendemos analisar: 1)a relação entre a variação da autoeficácia de um estagiário, durante o estágio pedagógico e o envolvimento dos alunos nas tarefas de aprendizagem; 2)as experiências de estágio relacionadas com o envolvimento dos alunos e destacadas pelo estagiário como reforçadoras da autoeficácia.
Metodologia: No estudo foi analisado um caso, Sara, selecionada entre 263 estagiários, a partir de um critério de alteração inicial positiva da autoeficácia correspondente ao percentil 80 da distribuição da amostra. A autoeficácia foi estudada através da Escala de Autoeficácia Específica (Onofre, 2000). As experiências formativas, associadas ao envolvimento dos alunos, destacadas pela estagiária como reforçadoras da autoeficácia apuraram-se em entrevistas semiestruturadas, sujeitas a análise de conteúdo temática. O nível de envolvimento dos alunos nas aulas foi estudado através da análise da ecologia da aula, recorrendo-se à versão adaptada por Onofre (2000) do Task Stucture Observation System (Siedentop, 1994).
Resultados: Durante o estágio, a autoeficácia de Sara aumentou, verificando-se também um elevado envolvimento dos alunos nas tarefas de aprendizagem propostas. No início, por entrevista, Sara destacou a importância de investir numa gestão equilibrada da ecologia da aula. Posteriormente, pela análise das aulas, verificou-se que os alunos apresentavam uma elevada congruência nas tarefas propostas. Sara associou a elevação da autoeficácia à vivência de experiências positivas com os alunos, em situação de aprendizagem como a diversificação de tarefas e o assegurar de um sistema de regras e rotinas consistente.
Conclusão: Este estudo revela o contributo das experiências reais e diretas com alunos na formação e reforço da autoeficácia dos professores e no desenvolvimento de competências promotoras do envolvimento dos alunos nas aprendizagens.
Author(s):
Maria Martins
Laboratório de Pedagogia, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa e Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Portugal
Marcos Onofre
Laboratório de Pedagogia, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa e Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Portugal
João Martins
Laboratório de Pedagogia, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa e Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Portugal
Ana Quitério
Laboratório de Pedagogia, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa e Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Portugal
João Costa
Laboratório de Pedagogia, Faculdade de Motricidade Humana, Universidade de Lisboa e Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Educação e Formação, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Portugal